Sabedoras de que a maior commodity do século XXI é o conhecimento, as empresas devem investir “pesado”, não somente em equipamentos (hardware) e procedimentos (software), mas também em pessoas (“humanware”), uma vez que todos eles são consideradas pilares para quaisquer empresas, e possuem o poder tanto de alavancar como de arruinar empresas.
Equipamentos e procedimentos não terão êxito algum se não bem comandados e executados por profissionais competentes; deste modo, são as pessoas que irão garantir a competitividade, a sobrevivência e a solidez da empresa frente à acirrada competitividade.
Em decorrência do exposto, quando se faz um investimento financeiro em equipamentos, deve-se lembrar que os profissionais que compõem o quadro da empresa e que irão trabalhar diretamente com tais equipamentos, devem ser capacitados para exercer sua função com eficiência e eficácia. Caso essa importante providência não seja seguida, o valor investido no equipamento “escoará” por entre os “dedos das mãos da empresa”, levando-a a um caos.
Nessas circunstâncias, os processos de ensino/aprendizagem deixam de ser de responsabilidade somente das Instituições de Ensino e passam a ser preocupação constante também das empresas onde estas, por sua vez, implantam e implementam a cultura da aprendizagem organizacional. É dessa forma que as empresas contribuem para que as informações se transformem em conhecimentos e assim sirvam para agregar valor ao produto e/ou serviço, adquirindo competitividade, despontando enfim a empresa na frente perante o mercado.
Nesse mesmo sentido, preocupar-se com o desenvolvimento das pessoas envolvidas no processo organizacional, significa preocupar-se com a própria empresa.
A análise do conjunto acima descrito leva-nos a pensar e crer que procedimentos, estratégias, planejamentos e outros, só alcançarão sucesso quando aliados com as ações das pessoas. Do mesmo modo, é preciso que haja interesse, capacitação, preparação, motivação, muito envolvimento, comprometimento, responsabilidade, bem como muita vontade de fazer acontecer, para que tudo ocorra de forma a garantir qualidade, eficiência e eficácia.
Ante o exposto, convém dizer que, procedimentos, estratégias e planejamentos não devem ficar bonitos somente no papel, mas, devem “sair do papel”, garantindo sua beleza já antes concebida. Para que isto ocorra é fundamental que as pessoas envolvidas em todo o processo, que além de serem detentoras do saber, construam relacionamentos, somem habilidades, talentos e conhecimentos, garantindo então o alcance das metas e objetivos sonhados.
Nesse ponto, vale destacar que as pessoas devem ser consideradas um dos maiores patrimônios que a empresa possui; logo, deve-se não somente saber selecioná-las, mas saber recrutá-las, lotá-las, inserindo-as nos departamentos certos, mantendo-as e capacitando-as de forma contínua a exercerem as suas funções, tendo a sabedoria de saber retê-las dentro da empresa, procurando atender às suas reais necessidades, anseios e expectativas. Esta preocupação deve ser uma constante, pois ela é de importância decisiva no mundo dos negócios, uma vez que a empresa está nas “mãos” das pessoas que ali exercem as suas funções.
Nessa linha de raciocínio, além da empresa valorizar o profissional, estabelecendo políticas que implementem e ampliem a estabilidade, segurança, benefícios, salários compatíveis, é preciso proporcionar e estabelecer a relação “ganha-ganha”, conciliando objetivos organizacionais com objetivos dos profissionais ali envolvidos, bem como tendo a preocupação de proporcionar a motivação para todos os colaboradores a partir de desafios, em busca do desenvolvimento das competências dos colaboradores, constituindo-se esta a melhor saída para um modelo de gestão participativa, orientado para o auto-desenvolvimento e desenvolvimento em prol do alcance dos resultados.
À vista do exposto, torna-se vital sensibilizar a todos da empresa quanto à importância de proporcionar e contribuir com um ambiente saudável da mesma, mantendo uma postura flexiva diante dos fatos. É desejável saber relacionar com o grupo, saber gerenciar conflitos, sensibilizando todos quanto à importância da educação no nosso dia-a-dia, do saber ouvir atentamente o outro sem impaciência, do espírito de equipe, do compartilhamento, da importância da humanização, evitando-se fazer julgamentos prévios. É ainda prudente que se tenha uma política de descentralização, de delegação de tarefas, da busca constante por adquirir conhecimentos. Por fim, não se deve também negligenciar a importância, não somente em estabelecer uma boa comunicação, mas também tendo a sabedoria de gerenciar riscos, sabendo enfrentar quaisquer desafios em prol do alinhamento das expectativas e do alcance dos resultados.
Marizete Furbino
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